Canção do cisne ou "Canto do cisne" é uma referência a uma antiga crença de que o cisne-branco (Cygnus olor) é completamente mudo durante toda a sua vida, mas pode cantar uma bela e triste canção imediatamente antes de morrer. Entretanto, é sabido desde tempos remotos que esta crença é falsa; cisnes-brancos (também chamados de "cisnes-mudos") não são mudos durante a vida, produzindo grunhidos e assobios; e não cantam ao morrerem. Em particular, Plínio, o Velho refutou a crença no ano 77 em sua Naturalis Historia (livro 10, capítulo xxxii: olorum morte narratur flebilis cantus, falso, ut arbitror, aliquot experimentis, "observações mostram que a história do canto dos cisnes ao morrerem é falsa").
Não obstante, a lenda permaneceu através dos séculos e aparece em vários trabalhos artísticos.
Por extensão, canção do cisne ou "canto do cisne" tornou-se uma metáfora,
referindo-se a uma aparição final teatral e dramática, ou qualquer
trabalho final ou conclusão. Por exemplo, a coleção de canções de Franz Schubert, publicada no ano de sua morte, 1828, é conhecida como a Schwanengesang (que em alemão
significa "canção do cisne"). Isto traz a conotação de que o compositor
estava prevendo sua morte iminente e usando suas últimas forças em um
magnífico trabalho final.
0 comentários:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.